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Diário dos 21 Dias - Viver de Luz - Processo dos 21 Dias
Meios de Contato: (E-mail Anonimato) - (WhatsApp: Anonimato) - (BrunoGM) - (o"Salto")
(Anonimato) é Webmaster, Social Media e Design Gráfica - Saiba Mais *AQUI(Anonimato)
"Uma vontade física de comer o
Universo
Toma às vezes o lugar do meu pensamento"
Para começar,
nunca tive o perfil de comer mais do que preciso, ao contrário. Desde a
infância a maior bronca dos meus pais era em função de eu não me alimentar
adequadamente. Sem favor algum,
os únicos alimentos que causam imensa comoção são os doces: sou apaixonada por
chocolate, tortas, pudins, caramelos, brownies, cookies, a ponto de precisar
comer pelo menos uma sobremesa por dia.
Mesmo abusando
dos doces, sempre fui magra, e tenho dificuldade para engordar. Até academia -
aliada a suplementos hipercalóricos e dieta especial - não resolveu. Tenho 1,63 de
altura e meu peso orbita entre 43 e 46 quilos. Um IMC de 17,3 que é considerado
abaixo do peso. "Cuidado para o vento não te levar!", "Magra de
ruim!" e "Come feito um passarinho!" são frases que ouvi a vida
inteira.
Preferi não
avisar amigos & familiares para não receber interferência externa durante
esse o período de transição. A maioria das pessoas, inclusive as mais
próximas a mim, estão a anos luz de entender ou acreditar ser possível.
Iniciei o
processo às 00:00h do dia 14 de Novembro de 2016, em casa, com o auxílio do meu *Namorido que já vive de luz, (*moramos juntos). Foi importante conhecer a rotina do Bruno Guerreiro de Moraes, porque
existe um abismo entre acreditar em uma possibilidade e vê-la na prática.
Acreditar que é possível viver de luz e vivenciar a rotina de alguém que não se
alimenta é cabal. Causa uma fé inabalável. Não evitei comer
alimentos sólidos durante o dia anterior ao início do processo.
Estava me
recuperando de uma gripe e o Bruno GM perguntou se eu não preferia melhorar antes
de começar, uma vez que eu não poderia mais tomar água ou remédios, mas quis
continuar mesmo assim. Fui iniciada no Salto Quântico Genético,
porém, faço parte do pequeno grupo de pessoas que não deram o 'Salto'. Não tive
acesso às memórias, e tampouco consegui falar com a minha Supraconsciência, por
isso apenas meditei, "avisei" meu corpo que a partir de então iríamos
absorver energia orgônica e não mais precisar de alimentos para
nutrição.
(Anonimato) e Bruno Guerreiro de Moraes
DIA 1.
14 de Novembro de 2016 - 45,3 Kg.
Acordei às 9h, com uma leve dor de cabeça
que atribui a gripe. Senti vontade de tomar café da manhã, muito mais por
hábito que por fome, mas logo a vontade passou. Me concentrei em escrever um
artigo, e a dor de cabeça se foi como mágica. Às 14 horas senti fome, sede ainda
não.
Descobri que ao levar minha atenção
para outro assunto, a fome fica em segundo plano e depois some, essa vai ser
minha principal estratégia na primeira semana. Como estava bem, me senti disposta
a praticar exercícios físicos por duas horas e meia, mesmo sendo exercícios de
alta intensidade não me senti cansada, o único pormenor é que após toda
agitação senti muita sede. Mas resisti.
Passei o resto da tarde lendo e
assistindo filmes, tentei dormir, mas não consegui pegar no sono. De
desconforto apenas a sensação de estômago vazio, e um gosto amargo na boca. No final do dia comecei a sentir
sede novamente, mas nada difícil de administrar. Notei que meus olhos ficaram
muito vermelhos. Fui dormir às 23h, com uma leve dor de cabeça. Estou focada no
processo e sentindo uma enorme força interior. Trata-se de uma certeza absoluta
que vibra em cada átomo dizendo que os 21 dias, para mim, serão como o fio de
Ariadne que conduz à saída do labirinto do Minotauro: uma válvula de escape,
para um nível elevado de consciência.
DIA 2.
15 de Novembro de 2016 - 43,3 Kg.
Não consegui dormir bem, acordei
diversas vezes durante a noite com o estômago reclamando muito, também pudera,
o metabolismo humano funciona da seguinte forma: todos os nossos conjuntos de
células se adequam à nossa realidade, e se "acostumam" a alimentação
que fornecemos ao organismo. Nossa mente literalmente cria nosso corpo. Tudo começa na célula, uma máquina
produtora de proteína. O corpo capta o sinal do cérebro. Uma das coisas que acontece com os
receptores da célula é que mudam de sensibilidade.
Se bombardeamos a célula com as
mesmas substâncias e química diariamente, quando essa célula resolver se
dividir, produzindo uma célula irmã ou filha, a nova célula terá mais
receptores para aqueles peptídeos que fornecemos com frequência. Ou seja,
ficamos viciados em comida a nível celular, pois nossas células se modificam
para digerir com excelência o que ingerimos em maior quantidade.
Interromper
isso drasticamente, como propõe o processo dos 21 dias, causa stress nas
células, já habituadas a receber alimentos há 20, 30, 40 anos. Então o mal
estar é inevitável e até compreensível. Meu corpo está protestando pelos 22
anos em que eu acordava e tomava uma vitamina, um suco, comia um pãozinho, e
agora, nem água estou bebendo.
Pela manhã levantei as 9h, ainda
com dor de cabeça, e ao levantar da cama para ir ao banheiro senti fraqueza. Voltei
para cama, descansei um pouco, e ao levantar pela segunda vez, não estava mais
com dor de cabeça e tampouco senti fraqueza novamente, no entanto o gosto
amargo na boca persiste desde ontem. Fui a sala ocupar minha mente com
uma série, estava me sentindo ótima, sem fome ou sede. De súbito um enjoo terrível me
acometeu, e não tive como evitar expelir. Meu estômago estava vazio, só havia
suco gástrico, e foi o que saiu. Depois, fiquei 100% bem.
Observei que o cheiro de café, que
havia me causado vontade ontem, me embrulhou o estômago hoje.
Ás 14 comecei a sentir sonolência,
e fui para o quarto tentar descansar, não consegui. Todas as vezes que tentava
pegar no sono, acordava abruptamente com a sensação de ter sido tocada por
alguém.
Acredito que a inédia tenha sido ativada nesse momento, meus olhos
ficaram vermelhos, e minha temperatura estava muito elevada. Fiquei assistindo TV e um mal estar
terrível foi crescendo gradualmente durante a tarde, meu corpo não me poupou:
dor de cabeça, fraqueza, enjoo, e meus olhos voltaram a ficar vermelhos. O
enjoo chegou a ficar insuportável, mas não consegui expelir mais nada.
Notei que a medida que o mal estar
aumentava os meus batimentos cardíacos também, a tal ponto que ficou dolorido
ao toque o local onde fica o coração. O estômago incomodou a tarde
inteira, em compensação não senti sede. Só de pensar em água o mal estar
intensifica. Tive vontade de praticar exercícios
físicos, mas não tenho energia para isso. Estou em um estado emocional
neutro, nada me causa euforia ou tédio, mas não sinto muita vontade de
conversar. É neutro, mas introspectivo. Como se eu fosse incapaz de sentir
qualquer emoção.
Apesar de todo o desconforto, sei
que é normal. Uma reação típica do corpo à falta de comida são dores, de
cabeça, nos músculos, ou no estômago, fadiga generalizada, e talvez alguma
irritabilidade e falta de paciência. Esforço físico parece algo sobre-humano e
mesmo esforço mental pode tornar-se cansativo. A primeira semana vai exigir
muito do meu corpo, tudo que posso fazer é manter a mente tranquila. A noite o enjoo chegou ao nível
máximo, e vomitei várias vezes. Fui dormir às 23h ainda com dor.
DIA 3.
15 de Novembro de 2016 - 42,9 Kg
Consegui dormir bem, tive uma noite
tranquila povoada por sonhos desconexos sem maior importância. Acordei às 8h
com muita dor de cabeça, fome - que logo passou, e sem enjoo algum. Meus olhos
voltaram a coloração normal e estava também com ótimo humor. Precisei tomar remédio pois a dor
de cabeça, por conta da gripe, estava se encaminhando para uma enxaqueca,
coloquei menos de um dedinho de água em um copo, e despejei as gotas de
neosaldina.
Após a dor de cabeça passar fiquei
totalmente bem disposta, acredito já estar vivendo de luz por não ter tido uma
perda brusca de peso hoje, e por ter energia de sobra, depois da hora em que
acordei a fome não apareceu mais, tampouco sede. Até mesmo consegui limpar e
organizar algumas coisas na casa.
Por volta de 13h da tarde o enjoo voltou com força total, e persistiu durante
toda a tarde. Vomitei várias vezes. E apesar de estar com energia, a dor do
enjoo é debilitante. Acredito ser uma peculiaridade da
minha genealogia, suspeito que o PH do meu estômago é mais sensível do que o
comum, e ficar de barriga vazia faz com o suco gástrico corroa as paredes do
estômago, causando enjoo. Já tive o mesmo problema antes, em uma infecção
intestinal, e até onde li no diário de outras pessoas que passaram pelos 21
dias, não é comum sofrer por ânsias e enjoos.
Não sei ainda como lidar com isso,
como é possível fazer alguns desvios de percurso na primeira semana, adaptar a
sua necessidade, decidi tomar um copo com água para ver como o meu corpo
reagiria: da pior forma possível. O enjoo aumentou e coloquei toda água para
fora em meia hora.
Como a água não ficou no meu corpo,
tentarei passar pelos 7 dias padrão, sem água e comida. Vou monitorar o meu
estômago, tentar resistir as ânsias.
Outra solução seria comer alguma
coisa para a dor melhorar e desistir do processo, mas sequer cogito, é uma
impossibilidade. A noite senti muita fome e o enjoo
se tornou insuportável e decidi então meditar, lembrei que a mente domina o
corpo, tentei entrar em conexão com as glândulas localizadas na mucosa do
estômago, que produzem suco gástrico, relembrá-las que não é preciso produzir
nenhuma substância, pois não vamos precisar digerir nada. Entrei em conexão com
a minha energia, acalmei a mente, e me senti bem melhor depois. Ainda tive ânsias antes de dormir,
mas consegui pegar no sono rapidamente, por volta das 23h.
DIA 4.
17 de Novembro de 2016 - 42,7 Kg
Acordei 4 da manhã sem sono algum,
não quis levantar pois meu estômago estava ótimo, só a dor de cabeça, minha
amiga de sempre, estava presente. Tive medo de sair da cama e com o balanço do
corpo o enjoo retornar. Então permaneci deitada ouvindo o silêncio, o
vento, depois o canto dos passarinhos na aurora, e por volta das 7 da manhã, o
tédio venceu e peguei no sono novamente. Outro sintoma do jejum prolongado é
alteração no sono, normalmente levanta-se durante a noite, uma ou várias vezes,
afinal o que causa sonolência é a digestão, e em jejum não se digere nada.
Vale observar que quando falo em
"jejum prolongado" estou me referindo exclusivamente a não ingestão
de alimentos sólidos, pois quando você se dispõe a passar pelos 21 dias a ideia
não é "não comer nada" mas sim passar a se alimentar de uma fonte
diferente. Então não existe um jejum propriamente dito.
Levantei as 9h, a dor de cabeça
estava mais branda, e o enjoo permaneceu incógnito. Incrível!
A meditação de ontem parece ter
funcionado, não tive enjoo ou náuseas, tampouco vomitei, passei o dia inteiro
bem. Só com muita fome e sede, mas já estou até acostumada com a sensação. Em
compensação a energia de ontem, não está presente hoje. Me sinto fraca, e tô
com a aparência horrível! Que bom que, de acordo a outros relatos, melhora
depois e volta ao normal!
A tarde senti uma dor esquisita, a
minha vértebra da coluna parecia estar em chamas. Uma sensação de queimação que
durou uns 30 minutos e voltou a se repetir em outros momentos do dia, mas com
menor duração. Não adiantava mudar de posição, pois o incomodo persistia. Achei
curioso.
Fui dormir novamente as 23h, me
sentindo fraca, mas bem.
DIA 5.
18 de Novembro de 2016 - 41,7 Kg
Acordei novamente as 4 da manhã,
sem sono e com muita dor de cabeça. Queria dormir mais e não consegui. Ouvi
relatos de pessoas que passaram pelos 21 dias e desde então só precisam dormir
3 horas por noite, espero que também ocorra comigo. Fiquei na cama até as 9 da
manhã.
Hoje estou me sentindo uma boneca
de trapos, qualquer esforço físico parece sobre humano, tomar um banho é uma
tarefa hercúlea, e a fome continua incomodando. Ânsia só tive uma. Ao menos a
dor de cabeça foi diminuindo gradualmente até desaparecer por completo. O cérebro está em modo avião, não
consigo produzir ou ler nada, as palavras resvalam pelo meu cérebro sem deixar
o menor registro.
A sede não está incomodando muito,
confesso que nunca fui uma pessoa de beber muita água, meus médicos repreendiam
e alertavam que isso poderia me acarretar um problema renal mais tarde. Durante
toda a vida precisei, de fato, me obrigar a tomar mais água. Acho que por isso,
por não ser uma grande fã do líquido, meu corpo consegue por vezes se
"desligar" da sede.
Me dediquei a meditação, e também ouvi várias músicas gostosas que me deixam
alegre, com astral lá em cima, com vontade de dançar, embora eu só possa ficar
na vontade. Imagina, não conseguiria nem o dois pra cá dois pra lá. Falta
fôlego para malemolência! rs
No mais, estou bem. Passei o dia
distraindo a mente com filmes e séries. Cada dia é uma nova vitória, a ciência
endossa que os seres humanos não podem passar mais de quatro dias sem água, ou
morreriam, e cá estou eu, viva da silva. O que os cientistas têm a dizer sobre
isso, hã? Só um mimimi materialista que convence aos céticos e fecha os olhos
da humanidade à verdade. Parece que os cientistas não reconheceriam a
veracidade da inédia, nem se ela dançasse nua na frente deles! Fui dormir às 00:00, caí na cama e
adormeci imediatamente.
DIA 6.
19 de Novembro de 2016 - 41,3 Kg
Tive vários sonhos sem sentido
durante a noite e acordei diversas vezes. Tanto que quando amanheceu, não tive
vontade alguma de levantar da cama. Fiquei tentando compensar a falta de sono,
sem sucesso. Levantei as 11 sem ter conseguido dormir. Observei que ainda sinto fome,
principalmente nas horas em que eu estava habituada a comer, mas observei
também que a vontade de comer, está completamente dissociada da fome.
Mesmo quando meu estômago não está
pedindo comida, minha mente divaga pensando em sanduíches no pão árabe, ou uma
salada caesar original, tapioca recheada por nuttela e nozes, uma boa massa
regada a molho sugo... Vontade principalmente de sentir o sabor salgado. Entendo agora na pratica o que
antes era apenas um conceito sobre "vício em sabores".
Inclusive esse é o motivo pelo qual
muitas pessoas após passar pelos 21 dias voltam a se alimentar normalmente, ou
são eventualmente flagrados degustando um petisco. Meu posicionamento sobre o assunto
é não precisar adotar uma postura radical, e sofrer para ser incólume. Claro
que seria burrice passar pelos 21 dias e voltar a se entupir de comida para
perder os benefícios da inédia, mas também viver de luz não implica ser
necessário privar-se totalmente dos sabores. Degustar com parcimônia, ter um
orgasmo de paladar, é válido e honesto.
Passei o dia bem. Por
"bem" lê-se enfraquecida, com sintomas habituais a falta de
alimentos, mas longe de um game over, ou pensar em desistir. Ao contrário, a cada dia estou mais encantada com as possibilidades, se você
soubesse a dimensão das coisas que para a ciência não existem e que estão, no
exato momento, amontoadas ao seu redor, dentro de você, impressas no seu DNA,
você não conseguiria dar sequer um passo adiante, maravilhado com as
possibilidades! Possibilidades que para mim, estão virando realidade. Fui para cama as 22h, ansiosa para
acordar no último dia da primeira etapa.
DIA 7.
20 de Novembro de 2016 - 40,8 Kg
Sabe quando o sono decide vir a
conta-gotas, em doses homeopáticas, transformando a noite em um limbo entre a
consciência versus sono? Eis o resumo da minha noite. Não consegui aferir
quantas horas estou dormindo por noite, mas sei que é bem menos do que o
habitual. Os ciclos do sono ainda não estão regulados, mas apesar de toda
agitação noturna, acordo descansada com total ausência de sonolência.
Tive um sonho curioso, eu estava
deitada a céu aberto, o céu empoeirado de estrelas, passei o dedo e várias
estrelas azuis vieram grudadas na ponta. Achei interessante, pois no dia que
iniciei o processo dos 21 dias, tive um sonho auspicioso com uma abelha
laranja. Hoje é o final e início de outro ciclo, e tive outro sonho, diferente
na temática, mas igual no sentido.
Pelo meu calendário, eu deveria
iniciar a segunda do processo após o sétimo dia, no oitavo, a partir das 00:00.
Mas como estava fraca, sentindo todos os dissabores e desconfortos habituais da
primeira semana, preferi não me torturar mais até meia noite.
Ás 11:51, com o rufar dos tambores,
tomei o primeiro copo de água após a travessia no deserto que essa primeira
semana foi. Tive um orgasmo? Atingi o nirvana?
Foi a oitava maravilha do mundo? Longe disso! A água desceu viscosa, caiu no
estômago pesada, não tinha o gosto que eu pensei que teria, tampouco o prazer.
A seu favor, devo dizer que a fraqueza passou, a energia voltou com força
total, e a dor de cabeça sumiu me dando adeus, au revoir, hasta la vista, como
quem não pretende voltar.
Outra coisa que observei, é que meu
olfato está mais apurado, e também que o cheiro da comida não me enjoa e ou
tenta. Hoje é um domingo, os vizinhos fizeram churrasco, senti vários cheiros
gostosos, até mesmo de camarão, achei que iria me afetar muito, me causar um
desejo incontrolável, mas surpreendentemente não ocorreu.
É recomendável ingerir ao menos 1L
e meio de água na segunda semana, e olha, não consegui beber mais do que dois copos
e meio, meu estômago até reclamou, ensaiou uma ânsia. A tarde beberiquei um chazinho de
maçã com canela, que foi melhor recebido pelo meu corpo. Para ser honesta, sinto que meu
estômago ainda não se habituou 100% com a minha nova nova realidade, eu ainda
sinto fome algumas vezes por dia, e ele reclama por não estar sendo alimentado
nas horas em que eu habitualmente comia, mas acredito também, que isso é
transitório, e naturalmente o meu organismo vai se condicionar.
Afinal,
consciência é um estado de ser. E no estado de consciência que decidi estar,
posso escolher qualquer outra forma de ser. O dia passou mais rápido que os outros, menos penoso, e tem sim um calorzinho
gostoso de vitória, se tornando mais latente, dia após dia. Estou há sete dias
sem comer nada! Hoje só vou para cama quando me der
sono, e tentar ter uma noite regular, para descobrir quanto tempo estou
dormindo.
DIA 8.
21 de Novembro de 2016 - 41,3 Kg
Acordei com uma deliciosa sensação
de estar bem que se prolongou durante todo o dia. Uma coisa é fato: minha
energia está de volta! Hoje recebemos a visita de uma
terapeuta especializada em acupuntura esotérica, aproveitei para trabalhar os
pontos ligados ao sistema digestivo, em uma tentativa - bem sucedida - de fazer
as pazes com meu estômago. Não é recomendável sair de casa até
a terceira semana, aliás, pelas instruções da Jasmuheen, no livro Viver de Luz,
não é recomendável sair. Mas eu estava bem disposta, algo
inédito desde que comecei o processo, e quis ir ao mercado comprar morangos
para fazer água saborizada, até mesmo para testar os meus limites.
Acabei passando a tarde inteira
fora, fui ao mercado e logo depois ao shopping, e mesmo com toda a movimentação, não senti mal estar ou queda de energia. Imagine só, no mercado havia cheiro
de comida perfumando os corredores por o todo lado, seja por barraquinhas de
lanches e lanchonetes, ou mesmo as carnes, queijos, especiarias e ervas. Uma
verdadeira tortura para quem está há oito dias sem comer, certo? Errado. Não me perturbou. Segundo teste de fogo: a praça de
alimentação do shopping. Sushi, massas diversas, sobremesas de encher os olhos,
assisti às pessoas se empanturrando e tudo que me veio a mente foi: essa não é
mais a minha realidade.
Estranho mesmo foi ir ao cinema e
pela primeira vez não comer pipoca, ou tomar refrigerante. Me senti como uma
dependente química recém saída da clínica de reabilitação, cercada por pessoas
entregues ao vício. Eu não estava sequer com vontade de
comer pipoca, muito menos precisando comer pipoca, mas me senti "quebrando
um ritual". No entanto essa experiência deixou
claro que tudo é questão de hábito. O hábito de ir ao shopping e não
sair dele sem antes passar pela praça de alimentação, hábito de comer pipoca
assistindo filmes, hábito de ir ao mercado e experimentar coisas, a sorte é
que, tudo que é hábito, pode ser mudado.
Cheguei em casa as 22h, ainda me
sentindo bem, passei o dia a base de sucos, chá e água. Ontem fui dormir às
02:30 da manhã, e acordei as 8 da manhã, ou seja dormi em média cinco horas, e
mesmo assim tive energia para um dia comum. Hoje não tive enjoo, nem dor de
cabeça. A sensação de fome ainda persiste, mas não vem mais acompanhada de mal
estar. Fui dormir às 23:00, feliz.
DIA 9.
22 de Novembro de 2016 - 41,3 Kg
Mais uma vez acordei com
energia. Tem um supermercado localizado há duas quadras do prédio em que
moramos, arrisquei pela manhã uma caminhada até ele para renovar o estoque de
chá. Meu cérebro voltou a funcionar a
todo vapor, passei o dia inteiro lendo os artigos que havia salvo na lista de
leitura, por não ter disposição para lê-los. Não tive enjoo, nem cansaço, ou dor
de cabeça.
A sensação de fome está diminuindo,
e não sinto muita vontade de beber líquidos, estou me forçando a tomá-los por
ser importante nessa fase de adaptação do corpo. O que consumi durante o dia? Apenas
chás, e água saborizada. Observei que quando bebo algo, fico
com a sensação de satisfeita, e logo depois sinto sonolência. Deve ser por algum processo de
ajuste interno do organismo.
Encontrei um vídeo muito
interessante de um guru indiano chamado Swamiji Nithyananda, sobre viver de
luz. Ele chama o processo de Nirahara Samyama, e claro, engloba às crenças do
Hinduísmo. Com exceção a explicação sobre o porquê de termos tal capacidade
biológica e o porquê dela estar desabilitada (eu creio que vá além de memória
celular, e muito tenha haver com a configuração genética a qual fomos
projetados.) é um ótimo vídeo, que contém a essência do que é alimentar-se de
prana:
(obs. vídeo não está mais disponível)
Endosso mais uma vez que não é
necessário abster-se pra sempre de água e comida, a não ser que esse seja o seu
objetivo particular, mas é possível ir muito além. É possível! E a
possibilidade por si só é fantástica.
DIA 10.
23 de Novembro de 2016 - 41,6 Kg
Câmbio de energia. Essa frase sintetiza meu dia hoje, sinto-me como um enorme
conversor AC/DC humano, trocando de frequência. "Fraqueza" não é uma
palavra que possa ser empregada, pois embora eu não tenha a energia que tinha
antes de iniciar o processo, consigo fazer tudo o que preciso sem dificuldade,
e não há comparação com a primeira semana, onde tarefas simples - levantar do
sofá por exemplo, exigiam um esforço sobre humano. Na verdade, a sensação é de
fortalecimento. E estou encantada!
Imagine só, estou há dez dias sem
comer, e sinto meu corpo se fortalecendo, não tenho mais enjoos, nem dor de
cabeça, nem fadiga generalizada, consigo passar mais tempo ininterruptamente
lendo, meu cérebro se cansa com menos facilidade, consigo fazer exercícios
físicos, não tive fome hoje, nem mesmo sede, precisei mais uma vez me obrigar a
tomar água, chás e sucos, e me sinto ótima!
Muitos adeptos da inédia afirmam
que o vício em sabores é algo muito poderoso e difícil de ser desligado. Eu
concordo, e suspeito que estará sempre à espreita, mas tenho observado que meu
cérebro não fica mais pensando em chocolate, massas, iguarias, não existe mais
nenhum alerta vermelho me perturbando o juízo. O que é mais uma vitória! Também não tive mais perda de peso,
estabilizou. Ainda faltam 11 dias para concluir
o processo, e já me sinto Eu.
DIA 11.
24 de Novembro de 2016 - 41,8 Kg
Acordei me sentindo ótima como o habitual. Novamente todos os sintomas
característicos da falta de alimentos estão ausentes.Pela manhã beberiquei um chá verde
com limão, e decidi tomar um pouco de sol na varanda. Há quem diga que olhar diretamente
para o sol faz com que o corpo se recarregue de prana. Honestamente? Bobagem!
Fiquei em torno de duas horas e
meia no sol, quando fui para sacada era aurora, os raios ainda estavam brandos,
depois esquentou mais e resolvi então elevar meus olhos ao astro rei para
vivenciar a mágica e, nada. Inclusive creio que a energia
orgônica esteja em todos lugares, somos feitos de fótons, somos a própria
energia cósmica, estamos em contato com essa energia durante todo o tempo,
então após ativar a capacidade no DNA, para absorver-la não é necessário olhar
para o sol, ou visitar áreas verdes, é um processo tão natural quanto respirar. Sabe o que notei? O dia parece
ficar mais longo sem as pausas para comer. E fica potencialmente ainda mais
longo, se você possui mais energia para produzir coisas.
Me dediquei a meditação, leituras,
exercícios físicos e mesmo assim, no final da tarde estava com tanta energia
acumulada que precisei ir dar uma volta. Há um parque próximo ao prédio, há
uns 10 minutos de distância, no caminho até ele, esbarrei em uma sorveteria
especializada em sorvete artesanal de frutas. Tomei um gelato de abacaxi,
afinal, se pararmos para pensar sorvete nada mais é do que um líquido. Fora isso, minha dieta continua
inalterada: água, sucos, chás.
DIA 12.
25 de Novembro de 2016 - 41,6 Kg
Hoje decidi tomar apenas água para ver como meu organismo reage. Vou tentar
continuar o maior tempo possível nessa dieta. Já me sinto 100% bem, igual a
antes de iniciar o processo, e isso é incrível. Tive um dia perfeitamente normal,
me sinto apta a realizar qualquer tarefa, trabalhar normalmente, voltar a
rotina. Prova de que, na vida não existe a
temer, mas a entender. Minha aparência está melhorando, e
não estou ganhando peso, estabilizei no 41 desde que voltei a ingerir líquidos.
Isso é abaixo do meu peso normal, não sei ainda se vou retornar aos 45, de
qualquer forma, ganhar peso sempre foi difícil para mim. Ao menos a cara de
doente não existe mais!
DIA 13.
26 de Novembro de 2016 - 42,5 Kg
Dois fatos curiosos: ontem passei o dia em uma dieta restritiva de água, a
noite notei que estava com o olfato super apurado, a ponto de estar no
escritório e conseguir sentir odores sutis de coisas manipuladas na cozinha
(detalhe: esses dois cômodos localizam-se em lados opostos e não possuem
comunicação direta entre si), o outro fato é que fui dormir por volta das 23h
como habitual e acordei as 3 da manhã, sem sono algum. Ainda tentei - em vão,
cair nos braços de Morfeu, mas não teve jeito. Levantei e passei a madrugada
acordada, lendo.
Estou ótima. E surpresa com a minha
força de vontade, verdadeiramente surpresa. Sou viciada em refrigerante, e já
perdi até as contas de quantas vezes tentei parar de tomar. A aventura não ia
além de uma semana, e embora eu sempre me dispusesse a tentar uma vez mais, já
havia intimamente aceitado que jamais conseguiria tirá-lo da minha rotina
alimentar.
Então o jeito era balancear o lado
ruim (refrigerante e doces) com uma dieta saudável, regada a frutas, vegetais e
produtos integrais ou in natura. Aliás, eu considerava
verdadeiramente impossível abrir mão de alguns hábitos alimentares, amo comida
vegana, amo a ideologia vegana, nunca torci o nariz para um aipo sequer, mas eu
me via abrindo mão da carne? do churrasco? do leite? do ovo? De forma alguma!
E agora, estou passando por um
processo radical que exige transpor todos esses conceitos, cada dia fica mais
fácil, a cada dia me sinto mais distante da rotina de antes. Beber apenas água não está sendo um
sacrifício e sei que posso ultrapassar tudo que outrora defini como limite. Sei
agora que toda concepção a cerca dos "meus limites" foi mediada pelo
que aceitei como realidade, pelo que acreditei ser ou não possível. Sei agora que caso decida nunca
mais tomar refrigerante na vida, consigo cumprir sem pesar. Fui dormir às 3 da manhã, meu
ciclo de sono tem durado de 3 a 5 horas por noite, estou tentando regular esse
período para não acordar de madrugada.
DIA 14.
27 de Novembro de 2016 - 42,6 Kg
"O
milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou
luz ao cego, ou eloquência ao mudo
Nem
mudar água pura em vinho tinto
Milagre
é acreditarem nisso tudo!"
Quintana sabia mesmo das coisas! Hoje um primo
meu com aspirações à chefe de cozinha e nenhum histórico de labirintite (a
cósmica, de sentir a cabeça girando rápido com ideias sobre tudo e nada e o
universo) me chamou no whatsapp para falar sobre comida. Discorri sobre a minha
realidade acerca do tópico: não preciso mais. Bati de cara com o ceticismo.
É claro que ele não acredita que
estou há duas semanas sem comer nada sólido. Não acredita que tal absurdo
exista. Sequer admite a hipótese, tamanho disparate. Eu, humilde, nada posso
garantir, sou a única prova de mim (agora é Clarice), bebo minha
água, meu corpo, alheio a impossibilidade decretada pelo mundo, continua a
funcionar normalmente. Sei que embates desse tipo daqui
para frente serão uma constante, aliás uma constante com tendência a
crescimento exponencial, uma vez que quero provar para todos que é possível.
Mas confesso: não vai ser fácil. Há
pouquíssimas pessoas dispostas a deixar sua zona de conforto para se aventurar
no desconhecido. Você é tachado de "mentiroso" antes mesmo de
concluir a frase: Viver sem comer nada é uma alternativa real.
DIA 15.
28 de Novembro de 2016 - 42,8 Kg
Hoje começa a terceira semana, onde
eu poderia tomar sucos mais concentrados e sopas ralas. Mas a dieta de água,
surpreendentemente, tem me bastado então vou prosseguir. Continuo me sentindo muito bem, com
uma disposição perene, e a aparência voltou ao habitual. Não tive nenhum sonho de início de
ciclo, como anteriormente, mas considerei a ausência do sonho o próprio sinal:
já está tudo bem, já está tudo normal, sem mais obstáculos, bandeira fincada no
topo do monte com sucesso.
DIA 16.
29 de Novembro de 2016 - 42,6 Kg
Tive um dia absolutamente normal, a
dieta exclusiva de água continua sendo o suficiente. Ganhei um quilo, meu peso
subiu há três dias, o que contraria toda a lógica da ciência materialista,
afinal como alguém que não come nada há 16 dias está ganhando peso? Sem admitir a existência da energia
orgônica, chi, prana; Sem confirmar a veracidade da inédia, como explicar o
fato de eu estar viva, saudável, bem disposta, escrevendo esse diário?
DIA 17.
30 de Novembro de 2016 - 42,9 Kg
Me preparei para passar os 21 dias
mais desligada das minhas tarefas. Estava contando com não ir a academia, não
trabalhar, não ler, não escrever, não executar tarefas básicas do cotidiano. Embora eu não fosse para um sítio
me isolar, sabia que estaria menos acessível, quiçá mesmo indisposta, por todo
o período. De fato só me senti indisposta na
primeira semana, e no comecinho da segunda, desde então me estou em perfeitas
condições para retomar o ritmo de antes.
Meu organismo se adaptou, após a
acupuntura não tive mais enjoos, não sinto fome, por vezes a sensação de
estômago vazio causa uma leve flutuação, como se fosse esboçar a sensação
de fome, mas tomo água, e passa. Sede não tenho tido com frequência também.
Hoje tomei apenas 2 copos de água pela manhã, só fui ter sede novamente a
noite, como o clima estava frio, preferi tomar uma bebida quente e preparei um
chá verde com limão. Observei que minha mente não fica
pensando em comida tampouco, como na primeira semana. Não comer se torna um
estado natural.
Decidi voltar a academia, e ir
retomando os meus projetos essa semana, antes mesmo de terminar o processo. Os
próximos 4 dias serão apenas conclusão de ciclo, a experiência já é um sucesso.
DIA 18.
01 de Dezembro de 2016 - 42,8 Kg
Passei o dia tomando apenas água
novamente, e o curioso é que a noite meu peso estava em 43kg. Consegui ter um
dia normal, executei uma série de tarefas de ordem prática e em nenhum momento
me senti indisposta ou tive queda de energia. Me sinto ótima, em todos os
aspectos.
DIA 19.
02 de Dezembro de 2016 - 43,3 Kg
Acordei e não tive sede, só fui
tomar o meu primeiro copo de água as 17h, nesse interim resolvi pendências e
coloquei algumas coisas da casa em ordem. No final do dia acompanhei um amigo
ao supermercado, ele fez uma série de compras pesadas, consegui ajudá-lo com o
peso sem sentir desgaste algum. Sentir-se bem é um estado continuo.
DIA 20.
03 de Dezembro de 2016 - 43,3 Kg
Hoje é sábado, véspera do último dia, estou em estado de fremente excitação. Me
sinto ansiosa. Sei que a experiência foi um
sucesso, meu ânimo e disposição são lembretes constantes da inédia em mim, mas
ainda assim, é o penúltimo dia, é a conclusão do ciclo, existe a sensação
crescente de vitória. Não alterei o meu cardápio,
continuo bebendo apenas água, e pretendo levar isso além dessas três semanas.
Quem sabe iniciar outro processo dos 21 dias para tentar ficar também sem água? Não precisar comer para estar viva
é tão surpreendente que quero testar todos os limites. Me sinto igual criança
com um brinquedo novo.
DIA 21.
04 de Dezembro de 2016 - 43,6 Kg
Hoje é o último dia do processo,
continuo bebendo apenas água. Me sinto ótima como nos outros dias, mas hoje
está presente também a sensação de dever cumprido. Eu esperava sair dos 21 dias com
uma consciência plena sobre meus potenciais adormecidos, e de fato estou.
A sensação é maravilhosa!
"Já não sou mais o que era, devo ser o que me
tornei"
Coco Chanel
"Não se preocupe em entender.
Viver ultrapassa todo entendimento.
Renda-se como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei"
Clarice Lispector
Somos
verdadeiramente o que o impossível cria em nós. Eu experimentei
o impossível, e percebi que ao me despir do "im" que me impedia, que
me tornava imune, após abandonar meus impulsos ao conformismo, aceitação, o
impossível se desvelou possível.
Passei pelos 21
dias, e agora tenho mais energia e disposição do que antes, preciso dormir
menos, de 3 a 5 horas por noite. Sinto minhas funções cognitivas mais aguçadas.
É como se tudo no universo sensorial estivesse mais intenso, pois minha
percepção está mais sensível. Consigo executar
tarefas que exigem concentração com mais facilidade.
Não sinto fome,
minha relação com a comida mudou, no entanto o mais valioso, o que me deixa em
um estado agudo de felicidade, é ser a prova viva de que somos mais do que uma
unidade carbono, composta por um amontoado de células unidas ao acaso. O mais valioso é
reconhecer a divindade em mim. É saber que
existe algo muito além do que nos dizem os dogmas ou sustentam as teorias. É a certeza de
ser possível transpor limites, sejam eles quais forem, impostos por quem seja,
até mesmo os por mim.
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